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17/09/2005

ET TU, ‘JUDAS’?

Quando a idéia de dirigir um filme baseado na vida de Judas Iscariotes foi lançada, no estilo Tom Fontana, há alguns anos atrás pelo Pe. Bud Keiser, um padre católico e escritor Hollywoodiano, ele levou a idéia em forte consideração. Quando Keiser entrou em estado de coma e morreu uma semana depois, Fontana estava mais determinado do que nunca em completar o filme.
O resultado foi um filme de duas horas, que estreou em Março de 2004 no ABC (EUA), o filme acompanha Judas desde a infância até seus trinta anos aproximadamente. Após anos de política e trabalhos insatisfatórios, Judas (Johnathon Schaech) se junta a Jesus e outros 11 discípulos, mas se torna cético às promessas do Messias. Embora o nome “Judas” tenha se tornado sinônimo de “traidor”, Fontana e Keiser encontraram algo muito mais profundo na vida deste discípulo que conta uma história além do seu ato de traição contra o seu líder.
“O coração e a alma de Judas não o retratavam como um notório traidor, mas como um jovem homem em busca de um sentido e de um propósito para a vida; preencher o vazio,” Fontana disse à Relevant. “Quando Judas encontra Jesus, primeiro ele fica enamorado por Ele, mas depois cresce a incerteza de que Jesus é realmente quem Ele diz que é e fica sem direção na sua caminhada.”
Conforme Fontana trabalhava no script de Judas, sua intenção não era desenvolver o caráter de Judas como vilão e sem amor. Muito pelo contrário, sua intenção era dar uma perspectiva interessante e diferente a essa figura do Novo Testamento que observadores talvez nunca tenham considerado.
“O maior problema de Judas foi que ele nunca abriu completamente o seu coração à todas as coisas que Jesus estava ensinando a ele,” Fontana disse. “Ele cortava um dobrado levando em consideração sua própria idéia sobre a verdade e no processo, embarcou em uma longa e difícil jornada, sozinho, ao invés de apenas ouvir o que Deus estava compartilhando com ele”.
“Afinal de contas, este filme é uma reflexão da compaixão e do perdão de Cristo até mesmo para com Judas, que se voltou completamente contra Ele,” Fontana continuou. “Mas todos nós podemos aplicar a vida de Judas à nossa, no sentido de que de vez em quando é difícil e complicado para nós apenas ouvir e confiar no que Deus nos diz, porque nós não conseguimos abrir mão de nossas necessidades e desejos”.
texto traduzido da revista ‘Relevant’

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