Início

07/01/2006

Tuti-Fruti

Este foi um comentário no blog do Ticiano, sobre tuti-fruti.

"Arrumando minhas papeladas do período, encontrei o jornalzinho ebanesco e rasguei esta página para guardá-la. Tuti-Fruti.
Nervos de nylon, musculos duros, sangue incolor, sorriso fluorescente, beijo docinho e rarefeito.

Temo quando vejo isso nas pessoas que são verdadeiras nos discursos, mas que precisam se enfiar na fôrma estética de aceitação massificada e hot radical. (sem refeências julgamentais, se é que esta palavra existe.)
Temo quando vejo o feitiço se virar contra os feiticeiros, que defendem o desenquadramento desta fôrma, se colocando em outra, tão maléfica quanto. Tão aromatizada e artificialmente colorida quanto.
Temo quando penso que eu posso estar em uma!

Sei que já estive, mas não era mal intencionada. Fazia parte do processo de conscientização, já que eu nasci na igreja. Foi o processo de aprenda-e-agora-escolha. Já escolhi. Faz tempo! E prefiro não julgar os irmãozinhos.

Mas pelo fato do gosto do tuti-fruti passar rápido, é inevitável não perceber as superficialidades... e os sorrisinhos iluminados a néon de não-sei-o-que-se-faz-nestes-guêtos-por-isso-fecho-os-olhos-levanto-as-mãos-sorrio-e-vejo-qual-é, de não-somos-crentes-que-seguem-a-massa, ou ainda de veja-como-somos-bons, não-se-liga-no-que-eu-falo-porque-você-é-certinha-demais-e-não-há-nada-de-mal-no-que-fazemos, ou então, sou-livre-e-invento-meu-estilo-por-favor-note-isto! e por aí vai...

Acredito que em todas as particularidades há verdade, há sinceridade... mesmo naqueles vibratos e glóóóóóóriasss a Deusssssss... o problema é quando se é feito com a motivação errada de se mostrar ao outro. Jesus disse que se nestes aplausos buscamos recompensa, neles a teremos.

Me lembro dos congressos de mensageiras do rei (não fale mal delas, eu gosto muito) eu com meus 9, 10 aninhos, onde haviam concursos de louvor, e nos quesitos avaliativos haviam tópicos como espiritualidade, aí as meninas subiam no palco, pegavam o microfone, e quem fizesse mais cara de dor, espremesse mais os olhos, gesticulasse mais com a mão esquerda, essa aí era 'espiritual'... na época eu não via nada de errado... e até treinava pra imitar... mas nunca conseguia me concentrar em todas estas coisas e ainda cantar. Não é piada, era constrangedor não ser espiritual para poder cantar...

Quando Satanás propôs ação, Jesus escolheu as palavras. Nós (igreja) fazemos tudo o que deve ser feito, mas precisamos dar este sonho nas mãos das pessoas, para que elas sonhem também, e, de fato, nossa fé seja realidade. E isso se dá pela educação. Não é má intenção. É alienação. Como no filme A Vila, os idosos possuiam motivos sinceros para se manter longe das cidades. Mas para pouparem-se de explicações ou discordancias, omitem os motivos dos mais novos, e lhes empurram goela abaixo uma série de fantasias e mentiras, de medos. Eles simplesmente suprimiram a liberdade de escolha e de consciência das pessoas. Como é feito nas igrejas com os pequeninos, pobrezinhos, e talvez por isso, quando crescem, grande parte se desvia do caminho... pois nunca entenderam a verdade e a motivação de tais ações e costumes tão esquisitos dos crentes grandes. Devemos cumprir nossa parte e dividir nossa verdade, com os pequenininhos, com os da puberdade, com os jovens, com os velhos, e com o mundo! Educar e deixar fluir...

Falei demais, eu sei. FazÊ o QuÊ? Me empolguei... e rimei rs
Beijo beijo

Publicado por Bi - 07 de janeiro 01:26"

Um comentário:

Anônimo disse...

na verdade eu não ia nem postar, pra deixar o texto 'sem comentários'... tss.
mas, como diria o lael, "é isso aí".

bjo